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Ailton Mendes transforma qualquer tema em poesia

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Felipe Rosa

Cadernos preenchidos com seus textos serão legado para os filhos. Confira no vídeo a conversa com Ailton.

A vida não é fácil, mas com um pouco de poesia dá para aplacar as dores da alma. Talvez seja por isso que Ailton Mendes de Almeida, 48 anos, tenha feito dos versos e pensamentos anotados em dezenas de cadernos seus companheiros desde os 10 anos de idade.

Na infância, ele foi abandonado pela mãe, depois que o pai faleceu subitamente, e cresceu em uma casa lar em São José dos Pinhais. “Durante o tempo livre eu escrevia, o que me confortava e ajudou a compreender o que sentia. Um dos primeiros poemas que produzi foi intitulado Súplicas de um órfão”, conta. De tanto escrever, o garoto se tornou um adulto com uma habilidade especial de desenvolver em poucos minutos poemas sobre qualquer tema.

Felipe Rosa

Ailton: minha matéria-prima é a vida e o amor.

Com tanta inspiração, ele acumula mais de quatro mil poemas e já participou de eventos literários, como o “Café, Leite Quente e Poesia”, promovido pelo Paço da Liberdade, onde pôs à prova toda a sua criatividade com as palavras. Parte da poesia dele pode ser conferida no blog alitonmendes.blogspot.com.

Claro que, com tamanha facilidade, ele é mais conhecido como “Ailton, o poeta”. Embora ainda não tenha conseguido realizar o sonho de ver seus poemas publicados por uma editora, nem tampouco viver do que escreve, ele não deixa esmorecer a inspiração e a vontade de escrever. “Minha matéria-prima é a vida e o amor. Mesmo que eu não consiga ver meu livro publicado, sei que ao menos meus dois filhos (um de oito anos e outro de 28 anos) terão em todos os cadernos que preenchi o meu legado”, explica.  

Atualmente desempregado, ele já trabalhou nas mais diferentes profissões, de garçom a motoboy. Vive em um quarto alugado em uma república no Santa Cândida. Ferreira Gullar é de longe um dos autores preferidos de Ailton, mas para renovar sua carga poética, ele prefere circular pelas praças de Curitiba. “Não me prendo à obrigação de rimar, para não perder a espontaneidade. A imagem associada à palavra é o que me faz desenvolver minhas criações, por isso que gosto de ir para os parques e, por vezes, para complementar os textos, pesquiso mais imagens na internet com as palavras do meu texto”, revela.

Se alguém estiver interessando em ajudar Ailton a publicar o livro, pode entrar em contato pelo email: ailtonmendesdealmeida437@gmail.com

Confira no vídeo a conversa com Ailton.


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